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2 de dez. de 2014

A vivência da Afrobioética no cotidiano dos Terreiros


 
O Batuque do Rio Grande do Sul, o Candomblé da Bahia, o Candomblé do Rio de Janeiro estiveram nesta mesa mediada por Baba Hendrix.  Ialorixá Wanda de Omulu, do Ilê Àse Egi Omin, iniciou os trabalhos com discussões como células troncos, transsexualidade, transplante de órgãos e aborto. Para a Ialorixá, a Matriz Africana também tem que pensar, debater e propor em relação a esses temas, que não devem ser propriedade dos cientistas e pesquisadores.

A partir da imagem de Iroko, Egbomi Vanda Machado, do Ilê Àse Apó Afonjá, fala da importância da coletividade, da família e especialmente da responsabilidade que temos de geração de “bons frutos” à tradição. Somos também responsáveis pelo cuidado de nossos velhos, e para Egbomi, isso deve ser debatido do âmbito da política pública de saúde.
Para Baba Diba de Iyemonjá é  justamente esse acolhimento aos mais velhos, mas também aos mais jovens, a diversidade, a capacidade de cuidado que o terreiro tem, que assusta e dá medo a sociedade capitalista, ao ocidente moderno. O desafio é mais do que debater questões tão complexas, mas pensar como serão nossas práticas enquanto “grande família”, enquanto  galhos, flores, frutos e sementes,  enquanto coletivo, no qual as semelhas que unem, são maiores que a as diferenças. Por fim, enquanto tradição de Matriz Africana.